
28 de abril de 1253 — anúncio do estabelecimento do Budismo Nitiren!
Ocorreu nessa data à corajosa declaração de Rentyo, nome anterior de Nitiren Daishonin, invocando o NAM - MYOHO – RENGUE - KYO pela primeira vez diante de um pequeno número de pessoas.
Daishonin iniciou seus estudos acerca do budismo aos 12 anos de idade no Templo Seityo e entrou para o sacerdócio aos 16anos, recebendo o nome de Zesho-bo Rentyo. Com o desejo de se aprofundar no estudo do budismo, Rentyo deixa Seityo-ji e se dirige a Kamakura, então, o centro da cultura e do poder político do Japão da época.
Contudo, Kamakura era uma cidade sem longa tradição budista, e ali ele permaneceu por quatro anos e retornou a Seityo-ji. Entretanto, para se aprofundar ainda mais nas doutrinas e sutras de várias seitas, viajou para Quioto e Nara, considerados, estes sim, centros de estudo do budismo.
Rentyo dedicou-se ao estudo extensivo e aprofundado de todos os sutras de Sakyamuni e chegou à conclusão que o Sutra de Lótus é o supremo ensino do Buda. Depois de mais de dez anos de estudo, aos 32 anos, retornou para seu velho lar, Seityo-ji. E, quando seus colegas e instrutores o receberam, felizes por vê-lo e ansiosos para ouvir sobre a vida na capital, pois muitos deles jamais a haviam visitado, Rentyo refutou severamente as seitas que professavam e declarou o que considerava o ensino correto para os Últimos Dias da Lei, recitando o Nam-myoho-rengue-kyo. A partir daí adota o nome de Nitiren.
É indiscutível que essa atitude corajosa de Nitiren provocou a ira da autoridade local, o descontentamento do seu velho mestre e dos colegas, que se sentiram ofendidos. Entretanto, mesmo com as emboscadas e perseguições que se iniciaram após essa declaração, Daishonin empreendeu a propagação do seu ensino com afinco. Visitou, imediatamente, seus pais, convencendo-os a se tornarem seus primeiros discípulos. E um a um, todos que mantinham contato com ele, se convertiam atraídos pela profundidade de seu pensamento, sua convicção e grande benevolência pelo sofrimento alheio.
Desde a época de Daishonin, seu ensino foi propagado de pessoa a pessoa, pelo diálogo sincero e sério. “[A voz executa o trabalho do Buda] — eis nossa poderosa arma, o diálogo sincero, o rugido corajoso do leão” — assim declarou nosso mestre no poema “Brasil, Seja Monarca do Mundo!”. No empreendimento da propagação, desenvolvamos diálogos baseados em palavras agradáveis, incentivadoras, corajosas, de satisfação e que gostaríamos de ouvir.
Notas: 1 - Nova Revolução Humana, vol. X, pág. 210. 2 - A Grande Correnteza para a Paz, vol. VII, pág. 72.